quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Artigo - E no fim, acabou-se o que era doce. E agora?

O inevitável aconteceu. A Playboy foi vítima do próprio filão que criou.
Enquanto a Playboy EUA anunciou que não mais terá mulheres nuas na capa, a edição brasileira publicada pela Abril deixou de existir.

Esperei um mês desde o anúncio para poder opinar a respeito, especialmente porque havia o claro interesse de outra editora assumir a "bucha". O que aconteceu no fim das contas foi que uma tal de PBB foi criada e vai publicar a revista a partir de março.

Vale a leitura desse texto que publiquei quase um ano atrás.

No fim, disse que a Playboy havia perdido a alma. E realmente perdeu. A Playboy morreu no dia que não teve uma estrela na capa de 40 anos.A Playboy morreu devagarzinho a cada capa em que tinha que dar explicações de quem era a fulana que estava ali ocupando o lugar que já foi de Feiticeira, Scheilas, Deborah Secco, Juliana Paes, Maitê Proença, Luma de Oliveira, Luiza Brunet, Cleo Pires, Tiazinha, Cristiane Torlone e afins.




A morte da revista como conhecemos era inevitável. Uma vez que não conseguia mais vender tanto teve que investir em capas menos conhecidas o que gerou vendagens ainda menores e que gerou menos grana ainda. Um círculo vicioso quase que impossível de ser vencido. A crise do grupo Abril como um todo, que vem independente de crise econômica do nosso país, mas que foi severamente agravada por esta, contribuiu para que a editora não tivesse força para investir em novidades para a marca. Nem mesmo as entrevistas da revista eram mais as mesmas.

O fato é que a Abril pulou do barco e entra essa aventura chamada PBB. Uma editora criada por investidores que assumirão a marca e prometem trazer "celebridades" para a capa.A própria definição de celebridade me assusta. Para alguns uma Paolla Oliveira é tão "celebridade" quanto uma Mulher Jaca.

O fato que um dos investidores é dono de uma agência de recursos humanos que gerencia carreiras. O projeto é gerenciar carreiras de celebridades também. Ficou assustado? Eu fiquei. O que podemos ter é uma chuva de celebridades "C" na capa da revista em busca de promoção, agenciada pela agencia do dono. Não acredito que as capas que imagino possam ser relevantes, aquelas reais mulheres que deveriam já há muito tempo ter aparecido peladas vão precisar de agenciamento.

O fato do dólar estar em um patamar alto e a Playboy americana cobrar royalties em dólar também deve assustar os tais investidores. Como sair do zero e alcançar o padrão de assinaturas que a Abril tinha (que era o que sustentava a revista de alguns anos pra cá) e vender bem nas bancas com todas as dificuldades de hoje? Ainda tendo que pagar royalties? Sinceramente não sei.

Pode ser que eles tenham um plano traçado. Pode ser que essa ideia de agenciar seja levado a sério e não tenham que pagar pelas capas. Pode ser que a primeira capa seja bombástica pra alavancar as vendas e cumprir expectativas. Só o tempo dirá o que se tornará a nossa antes querida revista Playboy.


PS: como não sou mais muito crente de uma retomada da Playboy, passarei a postar uma nova seção, com as mulheres que deveriam ter posado nuas e nunca o fizeram, pelo menos na Playboy. E também uma de erros e acertos e outra daquelas que apareceram nuas em outras revistas mas nunca na Playboy. Aguardem.

3 comentários:

  1. Otimo artogo parceiro! Ja estou aguardando.

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  2. Tirou as palavras da minha boca, concordo mesmo.
    Nessas novas seções que vc planeja, deveria citar Bárbara Koboldt que posou duas vezes na sexy e nenhuma na playboy. Carol Nakamura tmb. Bruna Linzmeyer que posou nua numa revista desconhecida. A playboy perdeu grandes oportunidades.

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  3. Antes a playboy desnudava as desejadas do momento como tiazinha, feiticeira, mel lisboa, kelly key...
    Nos últimos tempos desejadas como paolla oliveira, nathalia dill e bruna marquezine foram "trocadas" por desconhecidas genéricas e cheias de silicone como a gari gata.

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